Educação domiciliar: o que está em pauta?

14 de março de 2019


Por Agência Bowie – Editora do Brasil

Nos últimos meses, a questão da educação domiciliar no Brasil passou a ser discutida com bastante afinco. Isso porque o atual governo estuda regulamentar a prática (hoje proibida no país), o que gerou muita controvérsia entre educadores, pais e na sociedade em geral. Mas, afinal, como funciona a educação domiciliar, também chamada de “homeschooling”? Hoje, vamos entender o conceito e ver alguns argumentos prós e contras a iniciativa.

Educação domiciliar: como funciona
Como o nome sugere, a educação domiciliar é a prática na qual o aluno não precisa frequentar a escola, e é ensinado em sua própria casa, pelos pais, familiares ou até por professores particulares. Apesar de ainda não ser permitido no Brasil, segundo a Associação Nacional de Educação Domiciliar (ANED), estima-se que pelo menos 6 mil famílias brasileiras são adeptas do homeschooling.

O que dizem os argumentos a favor?
Um dos principais pontos que os defensores da prática apontam é a autonomia dos pais em relação ao processo de educação dos filhos. Dessa forma, eles podem ter um controle maior sobre o que as crianças e adolescentes vão aprender, evitando que eles sejam expostos a conteúdos considerados inadequados. É, basicamente, a defesa pelo direito de escolha da modalidade de educação que seus filhos terão.

Outro argumento em prol do homeschooling é a possibilidade de oferecer aos alunos uma educação integral, com estratégias de aprendizado individualizadas. Assim, o ensino pode ser focado também em conteúdos que sejam mais alinhados com os valores familiares e maior disciplina.

Por fim, a insatisfação com o atual modelo de ensino nas escolas tem sido outro grande motivador dos que pedem a liberação do ensino domiciliar. A justificativa são muitas: o ensino nas instituições é ruim, a estrutura é precária, o ambiente pode influenciar de forma negativa, os casos de bullying, entre outros. Além disso, o ensino em casa poderia ajudar aqueles que possuem diferença de ritmo de aprendizagem dentro de sala de aula.

O que dizem os argumentos contra?

Muitos dos que se dizem contrários à educação domiciliar argumentam que a dificuldade em regulamentar e, principalmente, acompanhar esse tipo de ensino é bastante problemática. É colocado em dúvida se será possível saber se os alunos estarão, de fato, recebendo os conteúdos e instruções necessárias para o seu desenvolvimento, mesmo se fosse instaurada uma prova anual para avaliação, prática comum em países em que o homeschooling é liberado.

Outra grande preocupação (talvez a maior) de quem não apoia a educação domiciliar é a falta de convívio social com outras crianças, bem como a não participação em atividades colaborativas, tão importantes e que acontecem, primordialmente, no ambiente escolar. O direito à educação e ao convívio comunitário, inclusive, está previsto no Estatuto da Criança e do Adolescente.

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