Ferramentas digitais para aulas remotas

6 de abril de 2020


avanço da pandemia de Covid-19 no Brasil colocou o país todo em estado de alerta. Seguindo as orientações da Organização Mundial da Saúde (OMS), os estados adotaram medidas de distanciamento social, que possibilitam que apenas serviços essenciais permaneçam abertos, como, entre outros, farmácias e hospitais. No meio dessa situação, as escolas se viram obrigadas a mudarem radicalmente sua forma de operar: na tentativa de não prejudicar o aprendizado do estudante, muitas adotaram as aulas remotas.

Mas, será que você está preparado para isso? Em tempos em que a internet se mostra a principal aliada dos estudos, ainda existem muitos professores com dúvidas sobre o processo – o que é completamente compreensível. Para isso, a Editora do Brasil preparou um guia rápido para você não se perder em tantas novidades. Vem conferir.

Para se adaptar às aulas remotas: renove seu modelo de dar aula!

Independente da forma com que você prepare a aula on-line, a primeira etapa a ser compreendida é que ela não será igual uma aula presencial – e isso não significa que ela será pior.

Para entender o raciocínio, vamos pensar, primeiramente, numa aula convencional, presencial. Ainda que o modelo “turma de um lado e professor do outro” tenha se perpetuado, há algum tempo já vemos o advento de metodologias de ensino modernas que buscam adaptar o sistema para o jovem dos dias atuais.

Dessa forma, cada vez mais se fala (inclusive aqui no Blog da Editora do Brasil) sobre proporcionar protagonismo ao estudante, colocando-o como personagem central do próprio processo de aprendizado. Também é possível encontrar roteiros e planos de aulas sobre temas transversais que perpassam a realidade do jovem para além da sala de aula, atingindo seu dia a dia na sociedade, desenvolvendo seu pensamento crítico e trabalhando seu projeto de vida. A partir desses conceitos, nascem as mais diversas propostas de atividades multidisciplinares: peças de teatro, podcasts, projetos sociais, entre várias outras. Falar disso tudo é falar de metodologias ativas.

Quando pensamos em aulas on-line, as metodologias adotadas vão ao encontro desse modelo linear de dar aula (onde tanto professor quanto a turma ocupam o mesmo patamar e podem evoluir juntos). Ainda que seja possível criar chamadas de vídeo para explanar assuntos como numa sala presencial, o ambiente digital oferece infinitas possibilidades de práticas pedagógicas ativas que transformam o aprendizado em um movimento dinâmico, e não unilateral. Assim, o próprio estudante se torna tão responsável pelo seu aprendizado quanto o professor.

Tudo isso significa que, ao preparar aulas on-line, além de ser possível criar uma sala de aula virtual com lista de chamada e tudo o que temos direito, também é possível trabalhar componentes curriculares como Sociologia e História com podcasts, ou Arte com ferramentas que criam histórias em quadrinhos, ou até mesmo estimular que a turma crie videoaulas de reforço de Matemática como forma de compartilhar o conhecimento com a escola inteira.

Algumas ferramentas digitais

As possibilidades de adotar práticas pedagógicas ativas no ambiente virtual são inúmeras e até mesmo mais eficazes do que numa aula presencial. Para isso, basta conhecer alguns recursos e ferramentas básicas para tirar de letra o aprendizado nesse momento delicado.

Conheça, abaixo, algumas ferramentas e dicas de abordagens para utilizar com sua turma e fazer das aulas remotas não um substituto neste período de isolamento social, mas um complemento educativo e qualificado.

1.Google Classroom

Para quem ainda precisa se adaptar ao modelo de aulas remotas, a primeira ação deve ser se familiarizar com o básico: o Google Classroom. A aplicação proporciona, tanto ao estudante quanto ao docente, a experiência completa de estar numa sala de aula presencial.

Disponível tanto em Android quanto iOS, é só baixar o app e possuir uma conta Google. Ao criar uma sala, o professor pode adicionar estudantes e temas que são abordados. Vale lembrar que, na aplicação, o jovem consegue responder atividades e provas sem que outros estudantes interfiram.

Já para o professor, o Google Classroom possibilita que ele converse com a turma inteira ou com cada estudante separadamente. Além disso, é possível anexar arquivos complementares para os jovens, receber provas e trabalhos e corrigi-los, bem como outras atividades de uma rotina presencial de ensino.

2.Videochamadas

Hangouts Meet é outro serviço Google que permite a interação não apenas entre a turma e o professor, mas também entre os funcionários e demais docentes, possibilitando encontros pedagógicos à distância, via videochamada.

Mais do que uma aplicação para videochamadas, o Hangout Meet também possibilita o registro de quem participou – ou seja, caso você marque uma aula remota ao vivo com sua turma, é possível ter um retorno rápido e fácil de quem participou ou não, o que facilita o processo da chamada virtual.

Para usar esse serviço de videochamada completo (o Hangout Meet suporta até 250 pessoas!) sua escola precisa possuir uma conta corporativa do Google, a G Suíte. É válido lembrar que esse tipo de conta é paga. Por meio dela, cada funcionário e estudante terá seu login. A partir daí, é só acessar o Meet pelo celular, PC ou notebook e usar à vontade.

3.Audacity

Você já pensou em criar um podcast com sua turma? Isso é possível com o editor de áudio Audacity.

A elaboração do podcast exige mais do que parece. Depois de decidir qual tema você quer que a turma se debruçe, peça (por videochamada ou pelo Google Classroom) que os jovens se organizem em grupos que serão responsáveis por diversas atividades práticas, como seleção de temas, roteiro de perguntas, seleção de convidados, entre outros. Todas essas atividades exigem que o estudante interaja com a turma, exponha seus pontos de vista e compartilhe conhecimento para que se chegue num consenso para cada tarefa – em outras palavras, é um grande exercício de aprendizagem colaborativa. Nós já escrevemos um texto sobre esse tema. Para ler, é só clicar aqui.

Uma vez levantado esses temas, basta organizar uma conferência entre os apresentadores e os convidados e deixar o assunto rolar. Vale lembrar que o Audacity só entra nessa etapa. Com o programa (disponível para vários sistemas operacionais gratuitamente) você consegue gravar, editar e ainda tirar ruídos de forma rápida e intuitiva.

4.Viagens pelo mundo

Trabalhar com componentes curriculares como História, Arte e Sociologia de modo on-line pode ser mais interessante do que apenas compartilhar imagens e textos. Você já imaginou, por exemplo, fazer uma excursão com toda sua turma pelo Museu do Louvre? Na internet, isso é possível!

Isso porque diversos museus, teatros e muitos outros locais culturais de importância histórica mundial estão disponíveis para visitas virtuais – uma tour digital imersiva que proporciona ao visitante a sensação de estar no próprio local.

O Museu do Louvre, além de ser o maior da França e um dos mais visitados no mundo, também possui uma alta procura pela tour virtual. Neste link, você pode conhecer muito mais sobre o local onde está exposto não só a icônica Monalisa, de Leonardo da Vinci, mas também diversos outros itens de valor inestimável.

Já os dois principais teatros do brasil, o Theatro Municipal de São Paulo e o do Rio de Janeiro, também estão com visitas on-line disponíveis. Juntos, eles são os dois principais palcos de movimentos artísticos do País. Sua arquitetura eclética, que mistura elementos barrocos, rococós, renascentistas, classicistas e neoclássicos, são destrinchados nos mínimos detalhes nas visitas on-line com guias gravados, o que torna a visita digital tão interessante quanto a presencial. Para acessar o Theatro Municipal de São Paulo, use este link. Já o do Rio de Janeiro, este.

5.YouTube

Uma ótima forma de complementar o estudo dos jovens é utilizar vídeos do YouTube. Isso requer, naturalmente, certa curadoria do professor: é preciso se certificar que o canal ou o vídeo escolhido realmente faça parte do conteúdo apresentado e que acrescente conhecimentos complementares aos estudantes.

Usar esse recurso audiovisual é essencial para aproximar o conteúdo teórico do dia a dia do estudante, tornando o aprendizado mais dinâmico, prazeroso, e sendo até mesmo fonte para outras atividades, como debates, redações, podcasts e outros.

Abaixo, a Editora do Brasil separou alguns canais que podem ser de interesse de você e da sua turma:

YouTube Edu

É o canal sobre educação do próprio YouTube. Nele, existem inúmeros vídeos de vários usuários separados por disciplinas, o que facilita sua busca. Além disso, você economiza tempo: os vídeos, aqui, já passaram por um verificador de qualidade.

Monstro da Matemática

Está sentindo que sua turma possui dificuldade com algum tema de Matemática? O canal Monstro da Matemática conta com videoaulas divertidas e com os temas mais variados, de conceitos simples a complexos. Vale a pena conferir.

Manual do Mundo

Uma ótima forma de ascender no jovem o gosto pela ciência e por experimentos científicos é o canal Manual do Mundo. Ele foi considerado pelo Guinness como o maior canal de Ciência e Tecnologia em língua portuguesa.

Se Liga Nessa História

Quer inovar nas aulas de História, Filosofia, Sociologia e outras Humanidades, indo além do texto? Então o canal Se Liga Nessa História pode ser uma boa opção. Além de vídeos leves e com conteúdo de qualidade sobre essas e muitas outras disciplinas, o canal também comenta as respostas do ENEM.

Mais dicas?

Vídeos, podcasts, salas de aula on-line – a internet realmente pode proporcionar um ambiente rico e ativo para estudantes e professores. Basta um pouco de prática e familiaridade.

Se você quer mais dicas para se sentir mais preparado para usar esses e muitos outros recursos, é só baixar o ebook 7 Ferramentas digitais para aulas remotas, da Editora do Brasil. Além do conteúdo que você acabou de ler, você encontra outras abordagens, dicas e metodologias ativas que vão te guiar pelo ambiente digital das aulas remotas.

E o melhor: o material é gratuito. Baixe agora!

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